13 de jun. de 2009

GREEN LIFE

Impressiona a quantidade de produtos, cartazes, placas, anúncios e lojas “Green” em Nova Iorque. São mercados, lojas de bebê, de decoração, lavanderias que só utilizam produtos orgânicos nos tecidos, livrarias e lojas de departamentos com seções enormes dedicadas ao assunto. Livros, guias, manuais, um “how to do” de como ser Green dentro das diversas áreas: arquitetura, design, moda, em casa, no trabalho, etc. Produtos eco, bio, cultivados e comercializados de maneira sustentável,justa, consciente, guardanapos de papel reciclados, incentivo ao uso de eco bags. Porém, com todo esse “estímulo” a vida Green ainda há um contra-senso na quantidade de embalagens, guardanapos, palitinhos, mexedores, canudos, tampas, copos enormes, papéis de bandeja, canudos, fornecidos a cada vez que você compra um simples café. Na Starbucks apesar do tamanho do copo, e da tampa, ao menos eles colocam todos os itens a disposição para que o cliente pegue o que for usar. O que não impede que os consumidores encham as bandejas com mais do que o necessário. Qual a necessidade de um sanduíche para se comer no local, venha embalado em plástico com papelão, dentro de um saco de papel e cheio de guardanapos? Não poderia ser ou um ou outro? Na parte de alimentação são milhares de produtos orgânicos com informações estampadas nas embalagens em letras garrafais: NO FAT/WHOLE FREE/ GLUTEN FREE/ SUGAR FREE/MILK FREE/ ORGANIC/ BIO. Enfatizando tudo o que “não contém” no produto e quase esquecendo o que de fato “contém” no produto, confundindo o consumidor. Eu que costumo ler todas as “bulas” dos alimentos, fui iludida. Ao comprar um caro saquinho de uva passa orgânica, estampada em sua embalagem vários anúncios do que ela não continha. Parecia-me incrível, acima de qualquer suspeita, mais natural, light, impossível. Porém, lendo detalhadamente nas letras miúdas, percebi que as inofensivas frutinhas continham óleo. Pois é óleo de canola. Nunca tinha visto fruta seca com óleo, coisa de americano mesmo, e eu crente que estava sendo light, comprando uma engordurada e engordativa uva-passa, de bobeira. Alem de milhares de pequenos empórios locais totalmente naturais, existem as grandes redes, como por exemplo, a Whole Food um supermercado enorme que vende de alimentos a perfumaria, roupas, e objetos para casa. O supermercado tem em quase todo bairro, esta sempre lotado e com filas. É cool, fazer compras lá. Por enquanto ainda é muita propaganda e pouca atitude verdadeiramente internalizada e consciente. As pessoas compram por que esta na moda. Mas eu que sou otimista e positivista, acho que já é um bom começo mesmo que por modismo, quem sabe internaliza com a prática. Pelo menos os orgânicos são difundidos e assim barateados, melhorando a vida de todo mundo, do consumidor ao produtor. Tomara que a moda pegue por aqui.

Um comentário:

  1. haha vou me sentir uma daquelas leitoras de follhetins dos anos 50, mas vou fazer uma perguntinha:
    "Cara natureba,
    Meu filho de 11 anos AMA quinua, mas de uns tempos pra cá vem tendo uma intolerância: sente-se enjoado e depois acaba vomitando! Já ouviu falar disso?
    Grata,
    Sra. Gabi Paschoal, mãe e preocupada com a alimentação de sua prole"

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