CALDO DE PRÍNCIPE

Na medicina chinesa cada orgão está relacionado com uma emoção. O pulmão por exemplo está ligado a sentimentos como mágoa,apego,a capacidade de perdoar. Se estiver triste apegado, amargurado, com dificuldade de digerir, esquecer, deve fortalecer e cuidar do pulmão. Mudança, superação, realização de perda requer um pulmão forte e saudável para segurar o tranco. Ele também se expressa através da pele, o contato do interno com o externo. A capacidade de troca. É importante resolver as mágoas. A mágoa mancha. E pulmão manchado não é bom. Uma receita para fortalecê-lo é o caldo de rã, eu prefiro chamar de caldo de príncipe, acho mais bonitinho. A rã, o sapinho mesmo, tem alto poder medicinal, usada milenarmente com a função de cura, fortalecimento. Muito aplicada na alimentação de grávidas, bebês pré-maturos, pessoas que tiveram tuberculose ou outras doenças relacionadas ao pulmão. Deixe as rãs de molho no limão de um dia para o outro. Cozinhe a carne como se fosse uma canja de galinha com vegetais como cenoura, aipo, salsa,alho,cebolinha. Depois tire os ossinhos e dispense parte da carne. Bata o caldo com apenas uma parte dessa carninha. Congele em potinhos ( 01 porção de 01 xícara). Retire de manhã do freezer e passe para geladeira para descongelar durante o dia. Tome diariamente uma porção. Tá precisando fortalecer seu pulmão ? Caldo de Príncipe!

APRESENTANDO A BARDANA

A bardana é magriiinha, finiiiiinha e muito comprida. Por ser uma raiz muito profunda que fica bem embaixo da terra, ela é ótima para quem esta precisando de pé no chão, firmeza, enraizar, se aprofundar. Alimento do elemento Terra, a bardana tem até um pouco do sabor de terra lá no fundo. Purificadora do sangue é muito utilizada na dietética chinesa pelo seu alto poder medicinal. Pode ser usada acrescentando-se pedaços no feijão durante o seu cozimento, ou feita sozinha de forma simples como acompanhamento nas refeições. De casca dura a melhor maneira de descascá-la é embaixo d'água ( alguns cozinham com casca e tudo). Descasque como se apontasse um lápis, tirando as lascas. Corte na diagonal em vários pedaços e faça um refogado com gengibre, alho, e oleo de canola ou de linhaça. Você pode também deixar a imaginação rolar e acrescentar pimentao vermelho e amarelo, abobrinhas em tiras, tomate seco, açafrão. Na alimentação ocidental a bardana é pouco explorada sendo mais conhecida pelos vegetarianos ou naturalistas. Você pode encontrá-la em um ou outro hortifruti,nas feiras ou em lojas de produtos japoneses e naturais. Alguns empórios vendem em conserva, ou como recheio de tortas salgadas e pastéis de forno. De uma maneira ou de outra, vale a pena acrescentar essa raiz no seu cardápio.

ESCOLHA NOSSA DE CADA DIA

O homem pretence ao mesmo reino dos outros seres da natureza, como o peixe, a árvore, as folhas, os mares, os frutos. Aquilo que é próximo, familiar, nós identificamos. O distante, diferente e não familiar,não identificamos. Ao ingerirmos um alimento natural, como frutas, legumes, verduras, nosso corpo reconhece facilmente. Ele digere, aproveita o que precisa, e elimina o que não precisa. Ao ingerirmos um alimento distante de nossa natureza como os alimentos processados, pasteurizados, enlatados, conservados: alimentos de "plástico",o corpo tem dificuldade em reconhecer e assimilar. Assim ele coloca de lado,acumula num cantinho e estoca até conseguir processar e digerir. Os alimentos que são distantes de nós, passam muito mais tempo no nosso corpo do que os próximos e familiares alimentos naturais. Grande parte da indústria alimentícia está preocupada somente com a questão comercial,a lógica que impera é a de quanto tempo o produto vai durar nas prateleiras. Por isso tantos conservantes, estabilizantes, corantes, etc... Os efeitos que esses processos químicos causam na nossa saúde, parecem não estar em primeiro nem em segundo plano. Por isso quem deve pensar sobre a saúde e a relação com os alimentos somos nós. Todos os dias ao escolhermos no supermercado os produtos que vamos levar para casa, temos a opção de optar pelo alimento mais saudável ou o menos saudável. Somos nós que patrocinamos. Nós decidimos sobre o quê nos alimentamos. O que colocamos para dentro. Antes de colocar no carrinho, leia atentamente o rótulo, alimento não é para ter bula, o que tem bula é remédio alopata. Quanto menos ingredientes tiver um produto, menos palavras difíceis ele possuir no descritivo, geralmente mais saudável, mais próximo do natural o produto vai ser. Busque o simples, com nomes que você reconhece em seus ingredientes. Um exemplo: molho shoyo, existem duas versões. O saudável contém: molho de soja e água. O perverso que faz mal a saúde contém: molho de soja, glutamato de monossódio, e outros tantos componentes químicos. Fuja do ingrediente": glutamato de monossódio, o famoso realçador de sabor. Está escondido em vários alimentos, e sua ação no corpo pode ser perigosa para saúde. Estudos apontam o Glutamato como um dos possíveis vilões associado a doenças tais como o câncer. Em países desenvolvidos como a Alemanha e Suiça esse assunto já é tratado há muito tempo e seriamente. A atenção dada ao que comemos no dia a dia é um ato de carinho e cuidado com você. Use o seu poder de escolha. Fontes: Sugar Blues- William Dufty/ Em Defesa da Comida- Michael Pollan/ Ensinamentos de Rachel Barros- Educadora Alimentar